quarta-feira, 25 de março de 2009

Equipe: "O custo da violência"



TEXTO

Violência Contra A Mulher


Temos que nos perguntar diariamente: por que devemos votar nas eleições, mesmo que seja no domingo em que poderíamos estar descansado de nossa jornada dupla, tripla, etc? Temos que nos perguntar diariamente: por que temos que procurar estudar o máximo que pudermos para galgarmos posições melhores em nossos trabalhos? Temos que nos perguntar diariamente: por que falar sobre assuntos tão desagradáveis, como a violência contra as mulheres, se já estamos cansados de ouvir falar sobre isto e já existe até “uma tal” Lei Maria da Penha?


Não podemos esquecer que antes dos movimentos feministas, coisas que atualmente são normais, tais como o direito ao voto e a ter propriedades, a cem anos atrás seria visto como algo insensato e até passível de punições. O Movimento Feminista foi responsável pelo direito ao voto, mais oportunidades de trabalho para as mulheres, salários mais próximos aos dos homens, direito ao divórcio e ao controle do próprio corpo.


Temos que LEMBRAR, pois o que não é discutido, um dia será esquecido. Temos que lembrar, que muitas mulheres foram agredidas e até mortas por lutarem pela igualdade de direitos. temos que lembrar, que se votamos hoje é por causa destas mulheres. temos que lembrar, que não podemos desistir de lutar pelos ideais de igualdade em todos planos. temos que lembrar, o que é imposto pela força, pode ser derrubado pela razão.


Para que a Lei n.º 11.340/2006 existisse hoje, foi necessária uma longa e árdua batalha contra o preconceito, o descaso e a passionalidade da justiça brasileira, e graças a luta incansável de uma mulher que teve todos os motivos para desistir, mas NÃO DESISTIU, temos uma nova arma contra a violência, mas não devemos nos contentar com isto, pois se faz necessário estarmos vigilantes para que esta não seja apenas mais uma Lei “pra inglês ver”.



Entrevista com a assessora Cíntia Dias da Secretaria da Mulher de Camaçari


Equipe: Bruno Fonseca, Gleivison Azevedo, Cláudia Camargo, Crislaine Araújo e Fabiane Safira


  1. Porque se criar uma secretaria para as mulheres?

Criar secretarias faz parte de uma diretriz federal da SPM (Superintendência de políticas para as Mulheres) baseado no plano nacional de política para a mulher, evidenciando os interesses da mulher brasileira no combate a violência, saúde, educação e emprego.

  1. Como a secretaria funciona?

A secretaria age no apoio as mulheres cadastradas, ou quem sofreram algum tipo de violência, oferecendo apoio Psico-social, jurídico e com projetos de capacitação.

  1. Quais são os projetos dessa secretaria?

A secretaria conta com um projeto chamado “Mulher Cidadã”, um projeto que oferece capacitação em diversos cursos profissionalizante, onde recentemente capacitamos 418 baianas de acarajé.

  1. O orçamento público do município atende as necessidades financeiras da instituição?

Sim, o município de Camaçari possui um orçamento denominado “Orçamento Participativo”, onde tanto a secretaria como as mulheres possuem voz ativa na elaboração do orçamento público, que atende de forma eficiente as necessidades financeiras da secretaria.

  1. Violência contra a mulher é uma questão de políticas públicas?

Claro, todos os assuntos relacionados à violência contra a mulher é uma questão de saúde publica e deve ser tratado como tal, o atual governo do Lula tem demonstrado certo interesse no assunto. Porém, esperamos mais visibilidade, de modo a estimular o debate e ações que ampliem a presença feminina nos espaços de poder e tomada de decisão.



2 comentários:

  1. As respostas da assessora foram muito mais de cunho político. As secretarias são necessárias, antes de mais nada, porque as mulheres da cidade de Camaçari precisam dela. O que justifica uma ação política é uma demanda social. Lógico que se existe uma proposta federal, os municípios passam a ter um apoio maior insitucional, mas não devemos perder de vista que a ação política mais ampla deve-se antes a um esforço de políticas locais.

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  2. Gostei muito de participar deste trabalho, saímos um pouco daquele conceito pré-concebido de avaliação do discente.

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